sábado, janeiro 30, 2010

Descartada

Nunca gostei de jogar cartas e não entendo como as pessoas se divertem por horas jogando pôquer. Talvez por essa falta de afinidade com os baralhos, que a palavra descartada não seja a mais utilizada no meu vocabulário. Não sou linguista nem nada, mas tenho pra mim que descartada vem de carta e resume bem a conhecida expressão “carta fora do baralho”.
Só que um dia eu ouvi esta palavra e ela era direcionada para mim. Eu que havia sido descartada. E esta palavra que para mim, por si só já é um tanto pesada, ganhou mil vezes mais força quando veio em resposta a essa pergunta:
- E o teu amigo (leia-se um cara que eu era apaixonada), como está?
- Olha, não quero te dar esperanças porque você já está descartada. Não pense que você vai namorar e casar com ele porque não vai.
Bem, o resto do discurso nem vem ao caso porque só foi piorando, mas a dor de ouvir esta palavra se referindo a nossa própria pessoa é imensa. Ainda mais em se tratando de amor.
Saber que nos tornamos descartáveis é uma das piores coisas que podemos sentir. Não é à toa que se antes eu usava pouco, a partir desse dia, eu nunca mais usei esta palavra.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Nossa, mas ele foi curto e grosso, hein??? Que falta de tato...

1:26 PM  
Anonymous Denise Ilha said...

É guria, cada coisa que a gente escuta....

6:10 PM  

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