terça-feira, setembro 14, 2010

Sinais?

Há pouco tempo atrás, olhei com outros olhos para um menino que estava sempre andando com um grupo de amigos meus. Coincidentemente, ele também me olhou. Então, os sinos tocaram e tudo começou.
Enquanto eu tentava entender o que eu sentia por ele, o fato dele começar a ficar comigo num final de semana e a sumir no outro, começou a me incomodar. Foi aí que decidi falar tudo o que eu achava que sentia por ele. Pensava que era melhor abrir meu coração e ver no que dava do que poder estragar uma história bacana por ser mal compreendida. Afinal, eu sempre tive fama de durona.
Estava tudo dando certo, quando ele chegou no restaurante e disse que tinha algo a falar comigo. Como assim, né? Eu que tinha algo a falar. Até porque, toda vez que um homem teve que falar algo comigo, nunca foi coisa boa.
E ele falou, falou, falou, até que consegui extrair dele as palavras para deixar tudo bem claro: ele queira dar um tempo comigo porque gostaria de investir em outra que, segundo palavras dele (juro!) “não tinha nada a ver com ele e provavelmente não iria dar certo”.
Não desabei. Terminei a conversa, suando frio para não chorar na frente dele e, pedi licença para ir ao banheiro. Lá, naquele banheiro, enquanto eu fazia mil técnicas de respiração para não chorar, que tinha inventado na hora, começo a ouvir “At first, I was afraid, I was petrified...”.
Comecei a rir sozinha. Não era possível que estivesse tocando I will survive no banheiro, NAQUELE momento!!!
Depois dizem que sinais não existem.... É, e eu sobrevivi!

sábado, janeiro 30, 2010

Descartada

Nunca gostei de jogar cartas e não entendo como as pessoas se divertem por horas jogando pôquer. Talvez por essa falta de afinidade com os baralhos, que a palavra descartada não seja a mais utilizada no meu vocabulário. Não sou linguista nem nada, mas tenho pra mim que descartada vem de carta e resume bem a conhecida expressão “carta fora do baralho”.
Só que um dia eu ouvi esta palavra e ela era direcionada para mim. Eu que havia sido descartada. E esta palavra que para mim, por si só já é um tanto pesada, ganhou mil vezes mais força quando veio em resposta a essa pergunta:
- E o teu amigo (leia-se um cara que eu era apaixonada), como está?
- Olha, não quero te dar esperanças porque você já está descartada. Não pense que você vai namorar e casar com ele porque não vai.
Bem, o resto do discurso nem vem ao caso porque só foi piorando, mas a dor de ouvir esta palavra se referindo a nossa própria pessoa é imensa. Ainda mais em se tratando de amor.
Saber que nos tornamos descartáveis é uma das piores coisas que podemos sentir. Não é à toa que se antes eu usava pouco, a partir desse dia, eu nunca mais usei esta palavra.