segunda-feira, outubro 12, 2009

Não resisti. Li este texto da Nina Lemos no blog 02 Neurônio e tive que postá-lo aqui também. É a pergunta que não quer calar: como fazer a fila andar sem brigar?

Como fazer a fila andar sem brigar?

OK. Deu tudo errado. Não rolou. Por um tempo foi bom. Mas ACABOU. Normalmente, nesses casos, o jeito é brigar com a pessoa. Se convencer de que ele era um idiota completo. Mais fácil ainda se o indivíduo for um canalha. Aí é só falar uns absurdos para ele no telefone. Mandar tomar no cu. É feio. Mas costuma funcionar. Você esquece que aquela pessoa existe rapidinho. Claro, você chora algumas noites e fica se achando louca por ter dado um barraco telefônico. Mas funciona. E, vamos ser sinceros, tem vezes na vida em que só precisa FUNCIONAR. A fila tem que andar, porque aquilo deu errado, estava te fazendo mal. E, como diz uma linda canção do Jimmy Joe: “Quando eu penso em nós, eu me sinto muito mal, mas é bem melhor assim, sem você eu sei”.

Sim, você SABE. Está cansada de saber. É melhor sem ele. E pronto. Agora, se o cara for uma pessoa legal (e isso acontece o tempo todo), o que fazer? Como se livrar do de uma melancolia que bate às vezes quando a noite chega e você fica só consigo mesma? (Sim, vou citar vários gaúchos nesse texto).

Você pode fazer como ele e fingir que não existe nada de errado, que está tudo ótimo (na verdade, tudo péssimo, mas ele sempre achou que a vida é péssima, então, um péssimo a mais, um a menos, não faz diferença). Só que com você não é assim. A vida não é péssima, calma lá! Por isso você só quer tirar o peso e fazer a fila andar sem brigar. Tudo para que o seu mundinho volte a ser até bom (porque, repito, você não acha que ele é ruim e tem um imenso orgulho da própria vida). Você só quer esquecer a tristeza. Isso não devia ser fácil? Para esquecer que foi triste é preciso brigar e tratar o carinha mal? Como a gente volta a ficar alegre sem mandar tomar no cu? Heim?

Ter 38 anos é uma merda. Ter 18 anos de análise também. Ser madura e legal é horrível. Às vezes eu queria ter 25 de novo (e conheço gente de mais de 40 com essa cabeça de 20 e poucos) só para voltar a dar barraco.E a achar que qualquer homem com quem não rolasse era um monstro. Era mais simples assim... Mas, ah, não dá para voltar a ser assim. (Nina Lemos).


Para ler mais:

http://02neuronio.blog.uol.com.br/

sexta-feira, outubro 09, 2009

Os meus, os seus e os nossos

Isso sempre acontece. Um dia, sua amiga vira para você e diz “Fiquei com Fulano, tudo bem?”. Geralmente, quando isso acontece, você fica meio em choque e pensa: “Hellooo, não está tudo bem!”.
Fulano é, invariavelmente, um cara que você já teve uma história. De um dia ou de um ano, não importa. São caras que foram importantes pra você durante uma época da vida, mas não são mais. E a vida, sabe como é, de tão surpreendente, um belo dia, põe sua amiga e este tal Fulano frente a frente quando você não está por perto e as coisas acontecem.
Quem nunca passou por isso, seja por qualquer um dos pontos de vista? Eu, nunca sei bem como lidar, porque sempre que estas coisas aconteceram comigo, minhas amigas tiveram uma historinha com estes caras. Como uma boa amiga racional, escuto todas aquelas neuras de início de relacionamento que, num passado nem tão distante, eu também já havia confessado para elas.
É a legítima situação saia-justa: você sabe que não tem porque se sentir mal, porque não gosta mais do cara, mas daí, pra ter que ouvir detalhes da relação, são outros quinhentos... Você sabe que o cara já falou para você a mesma coisa que ela está te contando e sabe o final da história, mas se você avisá-la, com conhecimento de causa, o que aquilo pode significar, fica se sentindo a agourenta da parada.
Não tem jeito. Este tipo de situação, só o tempo pra dar um sentido. Um dia, vamos sentar com nossas amigas e lembrar, dando muita risada, “dos meus, dos seus e dos NOSSOS”.

domingo, outubro 04, 2009

Samba do Grande Amor

Às vezes, nada como um Chico Buarque pra expressar o que sentimos...

Samba do Grande Amor
Chico Buarque de Holanda

Tinha cá pra mim
Que agora sim
Eu vivia enfim
O grande amor
Mentira
Me atirei assim
De trampolim
Fui até o fim um amador
Passava um verão
A água e pão
Dava o meu quinhão
Pro grande amor
Mentira
Eu botava a mão
No fogo então
Com meu coração de fiador

Hoje eu tenho apenas
Uma pedra no meu peito
Exijo respeito
Não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira

Fui muito fiel
Comprei anel
Botei no papel
O grande amor
Mentira
Reservei hotel
Sarapatel
E lua de mel
Em Salvador
Fui rezar na Sé
Pra São José
Que eu levava fé
No grande amor
Mentira
Fiz promessa até
Pra Oxumaré
De subir a pé o Redentor

Hoje eu tenho apenas
Uma pedra no meu peito
Exijo respeito
Não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira