domingo, agosto 21, 2005

Pra que nostalgia?

Uma canceriana em meio a uma crise existencial, num Domingo à tarde nublado, chuvoso e solitário. O que poderia virar um rio de lágrimas, ganhou consolo através de um CD de forró, colocado para tocar timidamente no aparelho de som. Tio Chico cantou pra mim.

Pra que nostalgia
(Chico Oliveira/Wilson Jacques)

Pra que nostalgia?
Se sempre tem outro dia
Retoma lugar na dança
Retoma tua esperança

Abraça de novo
Teu xote, teu bem, teu povo
Te inspira na batucada
Ó minha morena amada
Ó minha morena amada

Somente teu sorriso vai fazer
Com que amanhã se saiba o que é viver
Somente teu encanto vai mostrar
Que a vida não se passa sem amar

Dança morena que ainda é hora
O forró não foi embora
Senão todo mundo chora
Senão todo mundo chora

domingo, agosto 14, 2005

Bebezões não!!!!!

Definitivamente, não gostaria de ter um blogg "mulherzinha", mas é sempre este meu lado "mulherzinha" que me desperta para a escrita... Então, fazer o que, né? Vamos dar vazão a ele!

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Neste fim-de-semana revi um ex (mas bem ex mesmo) ficante. Ficamos a primeira vez num forró do penúltimo Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Naquela noite, só o balanço do forró foi necessário para me conquistar. Muita dança, calor do corpo e beijos. O problema começou nos encontros seguintes. O menino era muito querido, mas só isto. Parecia que era outra pessoa e não o carinha que beijei naquele forró! Tentei seguir adiante com outras saídas, mas não rolou. Descobri que o que me incomodava era sua cara de bebezão. Uma cara de bonzinho, de cachorro que caiu da mudança. Gosto de cachorro com cara de que caiu da mudança, mas cachorro de 4 patas!!! Homem tem que ter cara de homem, ora bolas! Me pareceu que, se continuássemos saindo, eu ia ganhar logo, logo, um "apelidinho" no diminutivo. Sim, porque bebezões falam no diminutivo e eu de-tes-to isto!
Aquilo me causou um desconforto tão grande que o guri percebeu e foi parando de me procurar.
Vez ou outra, encontrava ele por aí e nos cumprimentávamos na boa. Um dia, achei ele bem bonitinho e comecei a me roer por dentro, por ser tão burra e só dispensar os caras legais. Daí ele sorriu e sua cara de bebezão cortou meus devaneios na hora. Lembrei do problema...
Neste Sábado, o reencontrei. Não sei se foi o forró, o jeito que ele ainda olha pra mim ou as cervejas fazendo efeito no meu cérebro, mas quis muito que ele quisesse ficar comigo. Ele quis e rolou uma "semi-ficada", tipo abraços, rostinho colado, conversa ao pé do ouvido, mas sem beijo.
Por que não rolou beijo? Olha, acho que foi porque a "sinceridade Polar" baixou em mim e eu comecei a xingar o cara no meio do clima todo... Dizia pra ele não fazer cara de bonzinho, fazer cara de mau, de homem, de qualquer coisa, menos cara de bonzinho. E quanto mais eu reclamava, mais cara de bonzinho ele fazia! No fim, ele se irritou (óbvio!!!) e me negou o beijo de tchau. Não sem antes perguntar se meu telefone era o mesmo. Ele ainda tem meu telefone, alguém acredita nisto???
Como tem sido todo dia pós-festa nos últimos tempos, tomei duas resoluções: 1- definitivamente não tenho quedas por bebezões e 2- prometo TENTAR beber só seis copos de cerveja por noite.