domingo, agosto 23, 2009

Do amor à loucura em 10 garrafas de cerveja - Parte IV

7ª Garrafa

“Aquela sua amiga é muito bacana! Tem cara de gente boa. Muito legal mesmo!”
Aquela frase, de novo, foi como uma punhalada. Ela já podia ver a paixão nos olhos dele. Mas agora, era por sua amiga e não por Ela. Estourou.
“Vai lá, vai ficar com ela então, se ela é tão legal assim!”. E saiu andando. As lágrimas caindo.
Ela pensou “Não posso chorar, vão reparar. Se eu ficar dançando, ninguém vai ver”. Mas claro que a tática não funcionou. Todos que a conheciam foram consolá-la, embora ninguém soubesse o que estava acontecendo. Nem Ela mesma.


8ª Garrafa

“Ei, o que aconteceu?”, dizia Ele foi uma voz mansa, enquanto tocava no braço dela.
“Nada” e as lágrimas corriam cada vez mais enquanto aguardava na fila do banheiro. Algo ainda lhe soprava no ouvido que Ela estava exagerando, criando coisas. Mas esta voz ficava baixinha, baixinha, até que se calou.
“Sabe o que é? Não suporto que tu dê em cima da minha amiga na minha frente”. Ele ouviu tudo o que Ela tinha a dizer. Foi paciente e racional e explicou que nunca faria aquilo. Nem Ele nem a amiga.
Ela foi ao banheiro, enxugou as lágrimas, ergueu a cabeça e decidiu reconquistar quem Ela achava que tinha perdido.

continua...

quinta-feira, agosto 20, 2009

Do amor à loucura em 10 garrafas de cerveja - Parte III

5ª Garrafa

Já no samba, mais conversa e mais brindes. Ele era realmente um cara legal. Ela queria dançar com ele.
“Quer dançar?”
“Não, não danço.”
“Por quê?”
“Não danço. Não sei dançar.”
“Mas eu te ensino. Tu precisa dar a mão, chegar perto...”. Ensaiando um passo de dança, eles se beijaram.

6ª Garrafa

Beijaram, brindaram, beijaram, brindaram, beijaram, brindaram. Tudo ia bem e Ela estava muito feliz, principalmente quando Ele lhe dizia, com os olhos brilhando:
“Eu não ia sair de casa hoje. Mas que bom que eu saí, que bom que eu parei no bar e te encontrei!”
Mas, nem tudo o que Ele falava se transformava em felicidade. Algumas, plantavam uma desconfiança incômoda.
“Aquela sua amiga é muito bacana! Tem cara de gente boa. Muito legal mesmo!”
“Sim, ela é ótima!”

continua...

quarta-feira, agosto 19, 2009

Do amor à loucura em 10 garrafas de cerveja - Parte II

3ª Garrafa

Falaram, brindaram, falaram, brindaram, falaram e brindaram. Foram tantos brindes e tantas palavras que tanto Ele quanto Ela não lembram o que foi dito. Mas sabem que ambos gostaram. E muito.

4ª Garrafa

O samba da frente abriu. O movimento migratório dos sambistas começava. Empolgadas, Ela e as amigas iam seguir a música. Convidaram Ele que aceitou o convite prontamente.
Quando já estavam na porta, prestes a entrar, Ela olha para os lados e cadê Ele? Estava em frente ao boteco, bebendo com o amigo.
Decidida, não pensou duas vezes. Ou melhor, não pensou nenhuma vez. Atravessou a rua, respirou fundo e ensaiou uma voz doce:
“Vocês não iam até lá com a gente?”
“Sim, nós vamos. Mas estou esperando meu amigo terminar este copo de cerveja.”
Ela olhou bem e viu que o amigo, um alemão gente boa, segurava um copo americano cheio e pensou “Ah, não, não vou esperar...”. Pegou o copo da mão do moço e virou no seu copo de plástico. “Pronto, agora não tem mais nada. Vamos?”
Ele vibrou. Deve ter pensado que Ela era uma mulher de atitude. Mal sabia o quanto Ela era.

continua...

terça-feira, agosto 18, 2009

Do amor à loucura em 10 garrafas de cerveja - Parte I

1ª Garrafa

Ela foi pro samba na praça. Todo último Domingo do mês era a mesma coisa: o dinheiro acabava, mas a festa estava apenas para começar. Com seu vestido verde e suas botas novas, Ela estava reluzente e feliz. Um brinde para comemorar! Acabou não chegando até a praça. Parou com a amiga no boteco em frente e o samba foi até ela.

2ª Garrafa

Os tambores, as palmas, os sorrisos, o barulho dos copos batendo para mais brindes!
Foi quando Ele entrou no bar. Ele não era nada do que Ela gostava. Loiro até nos cílios. Mas tinha um olhar irônico e isso sim, era fatal!
“Oi, tu parece o cara do Oscar. Aquele que fez o Capote, ta ligado?”
“Humm, não...”
“O Capote. Truman Capote.”
“E o Jack Bauer” – Grita a amiga.
“É, e o Jack Bauer. Uma cruza dos dois.”
Ele sorriu. O sorriso a conquistou. E foi a bandeira branca para a chuva de ironias que ela despejou. Era sua forma de conquista, misturada com defesa. E como em tantas vezes, estava dando certo.

continua...

Um lugar onde usem chita no lugar de cetim? É, este lugar é o ideal pra mim!

quinta-feira, agosto 13, 2009

Entiquetados ou Speed Date

Tantas tradições norte-americanas sendo importadas pelos brasileiros, bem que esta podia pegar: o Speed Date. São festas que promovem o encontro de solteiros de maneira organizada e divertida. Todos os homens tem alguns minutos para falar com as mulheres. Ao terminar o tempo, troca-se o casal e mais conversa. Ao final da rodada, todos tiveram a oportunidade de conversar e, quem tiver mais afinidade, segue o papo.
Fui na primeira edição de uma festa Speed Date, no bar Volt, em São Paulo, realizada bem ao estilo brasileiro: bagunçado, mas divertido! Na porta de entrada, a organizadora da festa tentava estimular os mais tímidos a participarem da brincadeira. Mas pra muitos, colar na roupa uma etiqueta com o nome escrito com pincel atômico e com um adesivo colorido indicando a preferência sexual, é bem constrangedor.
Pra mim, não foi nada vergonhoso, afinal, não tenho nada contra meu nome e tenho espírito esportivo de sobra! Como o Speed Date só ia começar, de fato, uma hora depois que eu e quase todos participantes havíamos entrado no bar, tivemos tempo de sobra pra interagir com os outros etiquetados. E foi ótimo! Impressionante o poder de uma etiquetinha!
Primeiro porque ela gritava "estou afim de conhecer pessoas". Segundo porque já dava para separar os gays dos héteros só olhando a cor do adesivo (laranjas, gays; verdes, héteros). A festa perfeita para solteiros!
Já o momento Speed Date em si, pareceu mais uma versão atrapalhada do "Vai dar Namoro", aquele quadro do programa do Rodrigo Faro. Mas também, não havia muito mais o que falar, pois já tínhamos tido tempo de conversar com todo mundo, uma hora antes...
O saldo da noite foi mais para "Eu quero ter um milhão de amigos" do rei Roberto Carlos do que para "Love me Tender" do outro rei, Elvis.
Mas valeu muito a pena! Presença garantida no próximo evento!

Eu voltei, voltei para ficar!

Depois de anos no esquecimento, meu blog volta a ativa!!! Uhuuu!!!!
Gente, se até ombreira tem revival, por que não o meu blog?